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24 de julho de 2007
Senhor Primeiro-Ministro pague aos figurantes, por favor

Depois do delicioso episódio do arrebanhamento de ilustres cidadãos de Cabeceiras de Bastos para servirem de cenário para o discurso de vitória de José Sócrates nas eleições de Lisboa, agora chegou a vez das criancinhas.

Pois é: quem quer circo, paga aos palhaços.

E assim para todos ficarem bem na foto, para uma perfeita iniciativa de mostrar ao povo as virtudes tecnológicas dum governo em acção, houve necessidade de arrebanhar uns quantos figurantes.

E o que fez o Governo, ou a empresa que vende os tais quadro electrónicos: comprou umas quantas criancinhas para se fingirem de alunos.

A estratégia - bem pensada, bem montada, mas de resultados negros - falhou.

Porquê: porque na sala onde o PM sorria e as crianças ganhavam uns trocos para as férias, havia uns malucos a fazer perguntas e a estragar a foto perfeita.

E quando um jornalista pergunta e uma criança responde de brilho nos olhos, a verdade transpira.

É a lição do dia: Tudo que é genuíno fica bem na TV.

Ou pelo contrário: O meu assessor de imprensa tem demasiado dinheiro por cada neurónio. Muito dinheiro, muita vontade de pintar bonito quadro, só pode dar barraca





ALUNOS RECRUTADOS



A ideia era mostrar as potencialidades da utilização dos quadros
interactivos numa sala de aula. Sentadas em carteiras, cerca de uma dezena de crianças respondiam ao “professor” e faziam os exercícios descritos no quadro, com ajuda do rato ou de uma caneta especial que faz as vezes de giz. Só que para além da sala improvisada no Centro Cultural de Belém havia algo mais encenado.
Os “alunos” eram crianças que tinham sido recrutadas por uma agência de casting: a NBP, num trabalho que rendeu 30 euros a cada um, de acordo com o relato feito por um dos miúdos à RTP. “A empresa propôs fazer a apresentação aqui no local para que pudéssemos todos perceber como funcionam [os quadros interactivos]”, explicou a ministra da Educação, sublinhando que esse era um pormenor muito pouco relevante perante o investimento hoje anunciado.


in Público

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16 de julho de 2007
O aborto e as contas do jornalistas
Por tradição os portugueses pouco mais sabem contar do que dinheiro.

Mesmo esse, só até aos dez mil euros.

Seguindo a tradição portuguesa, os jornalistas cá do burgo são igualmente maus a contar.

O pior é que uma conta errada num jornal passa a ser citada como verdade absoluta. Isto porque ninguém verifica nada e a espiral de erro, estupidez ou insulto ganha vida.

Vem esta postagem a propósito duma informação publicada por esta hora em todos os jornais da internet e portanto devem ter como fonte comum uma agência de notícias.

A notícia é sobre quanto custa uma interrupção de gravidez até às 10 semanas?

Resposta: um total de 5,8 milhões de euros. Certo?

Não. ERRADO!

Por duas razões: Primeiro o valor unitário mínimo de cada aborto é de 341 euros. Mas pode ultrapassar os 1000 euros sem complicações.

Depois porque o número de abortos em Portugal´deverá ser igual aos nossos vizinhos europeus: 20% do total de nascimentos. Em Portugal nascem pouco mais de 100 mil bebés, logo deverá haver 20 mil abortos por ano.

E assim a conta final aproxima-se dos 6,4 milhões.

Mas à custa da lei do arredondamento mediático , querem apostar que dentro em pouco diremos todos que o aborto custa 6 milhões por ano?





Aborto custa 5,8 milhões de euros
A prática do aborto segundo a nova legislação que ontem entrou em vigor vai
custar mais de 5,8 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde. Este valor
assenta numa previsão de entre 17 e 18 mil abortos, com um gasto mínimo de 341
euros por cada intervenção.
in Correio da Manhã

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30 de junho de 2007
Museu Salazar muda-se para Vieira do Minho
Começo a ficar seriamente preocupado com a democracia musculada que se instala no nosso país.
Este blogue nasceu e serve para olhar com outros olhos a mediatização pública que se faz dos acontecimentos.
Isso inclui por regra figuras públicas , jornalistas e meios utilizados.
Por rotina e porque são mais facilmente caricaturáveis os políticos tem sempre lugar neste blogue.
Começo a temer que algum ilustre socialista "bufo" ou doutra espécie ainda pior tente fechar este blogue, calar-me a boca ou ameaçar com um processo judicial apenas para me inimidar.
Na leitura diária do jornal Público passei os olhos por esta notícia abaixo citada.
E preocupo-me.
Porquê?
Porque acabei de descobrir que o cento de saúde de Vieira do Minho é um sítio onde a democracia ainda não chegou.
Já sabiamos que é proíbido gozar com o ministro agora até é proíbido a entrada de jornalistas.
Na áerea comum, tipo a sala de espera.
Será que tem lá uma bandeira do PS, uma foto do Sócrates ou uma vela?

Tudo não passa de "politiquice"
30.06.2007,
Carla Sofia Martins

Por detrás das vidraças das janelas do Centro de
Saúde de Vieira do Minho, alguns funcionários observavam atentamente o vaivém dos jornalistas que, impedidos de entrar nas instalações para tirar imagens, rondaram durante todo o dia o edifício. Às perguntas, fugiam com os habituais "não sei" ou então "não estava cá nessa altura", mas a curiosidade em torno do mediático caso da exoneração da antiga directora daquela unidade não esmoreceu e, durante grande parte do dia, olharam em silêncio o movimento dos meios de comunicação social, que se ocupavam com uma polémica nacional que, por ali, se apelidou de "politiquice".

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28 de junho de 2007
TSF: Ministro sugere dar remédios fora de prazo «aos pobres»
A TSF rádio das notícias deu barraca.
Pôs o ministro da saúde a dizer algo que afinal não disse.
Depois percebeu que meteu a "pata na poça" e corrigiu a notícia apenas factualmente como se nada tivesse acontecido.
Nem um pedido de desculpas, nem uma explicação aos ouvintes. Nada.





O meu índice de confiança na TSF desceu.



Deixo aqui as duas notícias.
Para que quiser comentar.
A BARRACA

Ministro sugere dar remédios fora de prazo «aos pobres»O ministro da Saúde,
Correia de Campos, aconselhou a entrega «a pobres» de medicamentos fora de
prazo, como forma de evitar o desperdício de fármacos.
De acordo com a TSF,
Correia de Campos intervinha numa conferência na Ordem dos Economistas quando
foi interpelado por um dos participantes, da Associação Nacional de Farmácias,
que exibiu um saco com medicamentos fora de prazo, no valor de 1.700 euros.
O ministro da Saúde referiu que «toda a gente sabe» que há desperdício de
medicamentos, nomeadamente que, por vezes, os utentes compram unidades a mais do
que necessitam. «Certamente essa Associação a que pertence tem pobres inscritos.
Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados»,
recomendou o ministro.
Diário Digital / Lusa
28-06-2007
7:18:00

E COMO SAIR DUMA BARRACA, DE FININHO...

Ministro assegura que não defendeu medicamentos fora de prazo para pobres
O
ministro da Saúde garantiu que não defendeu a entrega de medicamentos fora de
prazo para os mais pobres. À TSF, Correia de Campos esclareceu que quando foi
confrontado com um saco de medicamentos que lhe foi mostrado por um
representante da Associação Nacional de Farmácias partiu do princípio que estes
estariam dentro do prazo.
( 09:14 / 28 de Junho 07 )

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