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16 de julho de 2007
O aborto e as contas do jornalistas
Por tradição os portugueses pouco mais sabem contar do que dinheiro.

Mesmo esse, só até aos dez mil euros.

Seguindo a tradição portuguesa, os jornalistas cá do burgo são igualmente maus a contar.

O pior é que uma conta errada num jornal passa a ser citada como verdade absoluta. Isto porque ninguém verifica nada e a espiral de erro, estupidez ou insulto ganha vida.

Vem esta postagem a propósito duma informação publicada por esta hora em todos os jornais da internet e portanto devem ter como fonte comum uma agência de notícias.

A notícia é sobre quanto custa uma interrupção de gravidez até às 10 semanas?

Resposta: um total de 5,8 milhões de euros. Certo?

Não. ERRADO!

Por duas razões: Primeiro o valor unitário mínimo de cada aborto é de 341 euros. Mas pode ultrapassar os 1000 euros sem complicações.

Depois porque o número de abortos em Portugal´deverá ser igual aos nossos vizinhos europeus: 20% do total de nascimentos. Em Portugal nascem pouco mais de 100 mil bebés, logo deverá haver 20 mil abortos por ano.

E assim a conta final aproxima-se dos 6,4 milhões.

Mas à custa da lei do arredondamento mediático , querem apostar que dentro em pouco diremos todos que o aborto custa 6 milhões por ano?





Aborto custa 5,8 milhões de euros
A prática do aborto segundo a nova legislação que ontem entrou em vigor vai
custar mais de 5,8 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde. Este valor
assenta numa previsão de entre 17 e 18 mil abortos, com um gasto mínimo de 341
euros por cada intervenção.
in Correio da Manhã

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