Um bom crime é a alma dum bom jornal tablóide.
Sangue na primeira página é garantia de mais 30% de vendas e de falatório certo no café da aldeia ou do bairro.
Os jornais mais populares e com alguns laivos de tablóide - com diferentes intensidades - 24 horas, Correio da Manhã e JN, escrevem muitas histórias sobre pequenos crimes.
Até que chega o dia do grande crime.
Estou a falar do crime do Montijo. Em que o pai terá assassínado toda a família e depois suicidou-se.
Comprei e li o "Correio da Manhã" para o ver com olhos "do povo".
Confesso: fiquei arrepiado com o relato.
Mas pergunto: o relato é verdadeiro ou uma aventura romanceada? E será legítimo descobir causas possíveis como as descritas no jornal?
Fui ao café e não se falava doutra coisa.
É a magia do tablóide e a explicação pragtmática do fracasso dos jornais ditos de referência.
Sangue na primeira página é garantia de mais 30% de vendas e de falatório certo no café da aldeia ou do bairro.
Os jornais mais populares e com alguns laivos de tablóide - com diferentes intensidades - 24 horas, Correio da Manhã e JN, escrevem muitas histórias sobre pequenos crimes.
Até que chega o dia do grande crime.
Estou a falar do crime do Montijo. Em que o pai terá assassínado toda a família e depois suicidou-se.
Comprei e li o "Correio da Manhã" para o ver com olhos "do povo".
Confesso: fiquei arrepiado com o relato.
Mas pergunto: o relato é verdadeiro ou uma aventura romanceada? E será legítimo descobir causas possíveis como as descritas no jornal?
Fui ao café e não se falava doutra coisa.
É a magia do tablóide e a explicação pragtmática do fracasso dos jornais ditos de referência.
Horror: Família assassinada
Menina mais nova ainda se tentou esconder debaixo da cama
Joana, de 11 anos, foi a última a ser assassinada. Estava a dormir, acordou com tiros e, assustada, tentou esconder-se debaixo da cama. O pai, que já lhe matara a mãe e a irmã, aproximou-se dela de revólver em punho. A menina, de cócoras no chão, morreu com uma bala na nuca.
A mulher foi morta, à porta do quarto, com um tiro de
caçadeira na boca A única explicação que a vizinhança encontra para a tragédia assenta na vida de Adelino Freire: o empreiteiro enfrentava sérias dificuldades nos negócios e passava noitadas fora de casa. A família Freire vivia numa vivenda geminada, na Rua Cidade de Coimbra, no Montijo.
Na manhã de segunda-feira, muito provavelmente depois das 08h00, Adelino matou a mulher, Idalina, de 40 anos, à porta do quarto: encostou-lhe o cano da caçadeira à boca e disparou. Pouco depois, Adelino vai ao quarto da filha mais velha, Ana, de 21 anos, finalista de Engenharia. Ela está deitada e recebe um tiro de revólver na garganta. Mata a seguir a filha mais nova, Joana. Adelino larga o revólver, volta ao quarto, empunha outra vez a caçadeira. Deita-se na cama,
encosta o cano por debaixo do queixo e prime o gatilho.
.....
MOTIVOS POSSÍVEIS
DINHEIRO
Uma das causas apontadas para este
crime hediondo são os problemas financeiros por que passavam as empresas de Adelino Freire. Investimentos mal feitos estavam a levar o empresário à falência.
AMOR
O facto de Adelino Freire passar muitas noites fora de casa e, por
vezes, fins-de-semanas inteiros, poderá ter provocado uma ruptura conjugal.
LOUCURA
Certo é o estado de instabilidade mental a que o empresário
chegou - única justificação encontrada para ter morto de forma violenta a família.
in Correio da Manhã por Ricardo Cabral
Etiquetas: faca e alguidar, imprensa, sangue, tablóide