Ou fazer-me ouvir na rádio, ou - oh perfeição - aparecer na televisão.
É o sonho perseguido dos 3 minutos de fama a que todos temos direito.
A resposta não é simples e quase sempre devolvo a pergunta: Quando esse momento chegar, estão prontos para fazer boa figura? Ou como os estudantes cábulas apenas estudam de véspera?
A imprensa no geral e a fauna jornalistica precisa de ser alimentada. E habitualmente esta espécie de animal alimenta-se de notícias. O processo digestivo é curioso: eles perguntam, você responde. Eles ruminam até à hora do fecho (hora em que a notícia tem que estar pronta para ser impressa, falada ou emitida). E finalmente eles colocam a papinha toda feita ao dispôr dos senhores consumidores.
Calro que para este belo processo correr bem convem que o alimento seja de boa qualidade (a fonte), o jornalista esteja equipado com um cérebro (operário trabalhando) e sem azia. E finallmente que o consumidor (telespectador ou leitor) tenha algum interesse na informação.
Ora no tamanho do interesse do consumidor ou no do cérebro do escriba é dificil fazer modificações. Excepto por transplante ou abate sanitário.
Resta-nos mudar os fornecedores. As fontes "desinteressadas" das notícias de amanhã.
Para começar, explicar-lhes que desinteressada não é sinónimo de desinteressante.
E para isso há que produzir boas declarações que sejam citáveis pelos jornalistas.
E como?
Seguindo a receita da tia Micas
Assim para ser citado só tem que aplicar uma nove regras (uma de cada vez!!!)
- Faça analogias.
- Mostre Coragem (seja Bravo)
- Coloque Emoção
- Ataque sem dó nem piedade
- Use frases feitas (os Clichés)
- Faça umas piadas (de preferência de bom gosto)
- Siga a tendência da moda ( a cultura Pop)
- Use a retórica (isso mesmo, aquela vazia. a dos políticos)
- E oponha-se a qualquer coisa. Oponha-se ao Túnel do Marquês, ao Governo, ao Papa, ao Benfica, à poluição.
Va lá experimente a receita e até pode comentar neste Blog, como correu o seu exercício mental ou a sua actuação em directo.