É com esta frase que se começa normalmente a gravar uma qualquer reportagem enviada para o estúdio central de emissão.
A que podemos acrescentar a mais comum: Um, dois… Um dois… experiência… Para ver se está a gravar.
O maior fantasma de qualquer jornalista é descobrir que depois duma brilhante entrevista a porcaria do gravador ou da camera não apanhou nada.
É a chamada notícia de mão vazias.
Claro que o jornalista pode sempre contar o que ouviu mas não gravou. O problema é que essa informação é menos legitimada pelo público como verdadeira.
Tem a ver toda esta história com um julgamento a decorrer no Seixal sobre uma criança que morreu quando caiu num buraco aberto do sistema de esgotos.
Julgamento que se repete hoje pela 2ª vez.
Mas a advogada municipal recorreu.
E surpresa!!!! As gravações do julgamento não “apanhavam” as perguntas do juiz.
Vai daí repete-se o julgamento. E o que aconteceu?
Tenho uma sugestão a dar aos responsáveis pelas gravações no tribunal. A mesma que me deram há muitos anos no início da minha carreira de repórter:
Agora caros senhores do tribunal:
Falhar uma vez, é azar.
Sugiro que contratem aqueles senhores que fizeram – alegadamente – as escutas no gabinete do procurador-geral da república.
Ouvi dizer que se ouvia até o respirar das lâmpadas.
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