A extinção da Caixa dos Jornalistas por decisão do governo oferece-me dois sentimentos contraditórios.
O primeiro é que de facto esta Caixa oferece (eu incluído) uma assistência e um apoio muito acima da pobreza de apoio social que o Estado oferece à generalidade dos cidadão.
A segunda é se a Caixa acaba por razões de justiça ou de tiro ao alvo.
Estou curioso para ver como é que a "corporação das notícias" vai reagir ao ataque.
Mas temo pelos jornalistas mais velhos e pobres a quem retiram provavelmente o seu seguro de vida.
Vale ler a propósito a peça - brilhante - de Baptista Bastos no Jornal de Negócios
fica um pedacinho.
O primeiro é que de facto esta Caixa oferece (eu incluído) uma assistência e um apoio muito acima da pobreza de apoio social que o Estado oferece à generalidade dos cidadão.
A segunda é se a Caixa acaba por razões de justiça ou de tiro ao alvo.
Estou curioso para ver como é que a "corporação das notícias" vai reagir ao ataque.
Mas temo pelos jornalistas mais velhos e pobres a quem retiram provavelmente o seu seguro de vida.
Vale ler a propósito a peça - brilhante - de Baptista Bastos no Jornal de Negócios
fica um pedacinho.
Os jornalistas não ganham bem. Têm de ser bons todos os dias, e não se
lhes perdoa a mínima falta, postergando-se as suas pequenas glórias.
"Uma cacha em troca de um reino!" Fugaz e precário reino de papel,
leito e sudário de uma porção de gente cujo único propósito é dar
notícias dos outros e termina em dez linhas necrológicas. É um ofício
de tensões, compulsões, pressões, ameaças e perigos. Vai ali e vem já,
escreve rápido, claro e sucinto. Se começa aos 20 anos, aos 40 foi tão
sovado, tão molestado, que se encontra à beira de ser substituído,
através desse sinistro instrumento de desemprego, eufemisticamente
chamado de "rescisão amigável de contrato". Ninguém, no mundo, perde
"amigavelmente" o trabalho. Podem crer que sei muito bem do que falo.
privilegios